Algumas pessoas chamam de “labirintite” qualquer sintoma relacionado a desequilíbrio, tontura ou mal estar. Cabe ao médico identificar qual doença está acometendo o paciente. O controle do equilíbrio é muito complexo e depende da coordenação da visão, labirintos, musculatura e cérebro.
Dessa forma, para se ter uma ideia da vastidão de diagnósticos possíveis, fiz um resumo dividindo em categorias:
- Doenças do sistema cardiovascular e metabólicas: doenças cardíacas, tireoide, pré-diabetes, pressão alta, placas de gordura nas artérias do pescoço, menopausa;
- Doenças do sistema nervoso central: ansiedade, enxaqueca, esclerose múltipla;
- Doenças dos labirintos: otites, vertigem relacionada aos otólitos (VPPB), tontura do idoso;
- Outros: medicações, doenças da coluna cervical.
Apêndice: veja aqui como é o ouvido por dentro e onde se encontra nosso labirinto.
Os tipos mais comuns de “labirintite” que levam o médico ao paciente são a Enxaqueca (Migrânea vestibular), VPPB, Intolerância aos carboidratos/pré-diabetes, e Ansiedade.
Não existe nenhum exame que diga ao médico qual é o seu tipo de “labirintite”. O mais importante são os próprios sintomas que o paciente relata e daí a importância de prestar atenção aos sinais que seu corpo apresenta. Alguns exames fornecem pistas adicionais, entre eles: o perfil metabólico, a nistagmografia e a ressonância nuclear magnética.
Excetuando-se a VPPB, para o tratamento das outras enfermidades existe um enorme papel do próprio paciente na sua cura, e por isso ela é tão difícil. Medidas simples, porém trabalhosas são fundamentais em alguns casos: dieta balanceada, com fibras e poucos açúcares, redução de consumo de cafeína, prática de atividades físicas, higiene do sono.
Entre outros tratamentos há medicações e por fim a reabilitação vestibular, semelhante a uma “fisioterapia” para o equilíbrio.
Concluindo: labirintite não é uma doença apenas, e sim várias doenças que cursam com sintomas semelhantes. A cura – que é possível – vai depender de um diagnóstico bem realizado pelo médico e do tratamento adequado, que envolve a participação ativa do paciente.